terça-feira, 14 de julho de 2009

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ilustração do Princípio da Tematização

Ontem aconteceu uma situação onde eu lembrei do príncípio da tematização; na hora do banho
uma criança de 03 anos que tem dificuldades em oralizar, me mostrou uma figura onde tinha o Mickey e um gatinho, me mostrou, então eu lhe disse: - É um gatinho fala pra tia, ga-ti-nho.

E insisti, ele me olhou e disse:

-Miau.

Na hora eu fiz um paralelo com o princípio da tematização, pois o menino resolveu o problema
com uma palavra que já domina (miau) e que tem relação com a palavra (gatinho) que ele ainda não
oraliza, o conhecimento prévio do som que o gato emite o ajudou.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

REFLEXÃO TEXTO V

OS PROBLEMAS COGNITIVOS ENVOLVIDOS NA CONSTRUÇÃO DA REPRESENTAÇÃO ESCRITA DA LINGUAGEM

Emília Ferreiro

Esta aula foi ótima, apesar do texto ser denso, mas a medida que o Ivan lia e explicava ele foi se tornando mais simples, e podemos observar que o processo de passagem da escrita da linguagem sofre alguns conflitos que através de alguns princípios conseguimos entender o trajeto que a criança faz para chegar à conclusão, vejamos:

TEMATIZAÇÃO

É quando a criança adquire um conhecimento prévio que vai facilitar o aprendizado de um outro conhecimento, e ela usa como base o conhecimento anterior para avançar numa nova aquisição de saberes. Por isso o conhecimento que a criança traz do seu contexto familiar serve de estrutura para
a construção de conhecimentos posteriores. A criança passa por níveis de dificuldades que um vai eliminado o outro.


HIPÓTESE DA QUANTIDADE MÍNIMA

Neste princípio ao escrever o nome de um objeto, apenas uma letra não é o bastante, porque "com uma só letra não se pode ler", ela é apenas uma parte do todo, e quando se inicia a escrita de uma palavra no plural, apenas uma letra representa um objeto, mas se iniciar no singular e partir para
o plural é necessário de mais de uma letra para representar este objeto. Esta é uma das formas de estabelecer uma relação entre o todo e as partes, as crianças através deste entendimento busca manter
essa correspondência bilateral.

HIPÓTESE SILÁBICA
É a capacidade que a criança tem de perceber que as letras de uma palavra formam as partes de um todo.
Exemplo: ca-va-lo

quinta-feira, 2 de julho de 2009

REFLEXÃO TEXTO IV

PRÁTICAS DE LINGUAGEM ORAL E ALFABETIZAÇÃO INICIAL NA ESCOLA: PERSPECTIVA SOCIOLINGÜÍSTICA
Erik Jacobson

No texto acima vimos que a alfabetização inicial tem como base a necessidade de professores e professoras dar novos conceitos as diversas habilidades que as crianças dominam antes de ingressarem na escola. No processo de desenvolvimento as crianças se socializam como leitores, e escritores através das interações em suas comunidades. Manejar a identidade social através da escrita não se restringirem apenas saber utilizar as regras sobre as letras, e por o professor não deve objetivar apenas as habilidades de codificar e decodificar.
Não podemos pensar num só padrão de alfabetização e por isso as práticas podem ser organizadas de várias formas,a chamada múltiplas alfabetizações, termo utilizado em função das práticas de leitura e escrita estarem localizadas em tempos e espaços concretos. Sendo assim nem todos as crianças participam das mesmas experiências, já que cada um tem seu espaço familiar.
Vimos por vários expemplos que alfabetização é um ato de se comunicar, onde as crianças devem manejar os aspectos psicolingüisticos e
sociolingüisticos da leitura.

A OPÇÃO LINGÜISTICA PARA A LEITURA E ESCRITA

Para ser preparado para a leitura a escrita e a escola, a linguagem oral utilizada na casa da criança deve ser estudada. Sociolingüisticamente é preciso verificar o entendimento do valor da linguagem no mundo pelas crianças. Desta forma uma criança que já percebe o valor da língua de sua casa, então vimos que a alfabetização não é apenas aprender a cartilha e aprender a se comunicar.

A ESTRUTURA PARTICIPANTE DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

É uma forma utilizada em sala para que haja um controle de turno de palavras pelo professor, é ele quem dá o direito de falar ao aluno
e as colaborações só devem ser feitas com a autorização prévia do professor.
Esse tipo de estrutura não contempla a todos, pois a forma de se comunicar dos grupos não são as mesmas da estrutura participante. É bom observar que as mudanças dessas estruturas causam alterações no avanço escolar

Após a leitura do texto juntamente com os esclarecimentos do professor concluímos que os grupos sociais exercem grande influência nas mudanças da língua, tanto de tempo quanto de espaço, o
contato com eles é determinante na forma de linguagem que a criança vai utilizar, ao ouvir muito determinadas palavras, eles assimilam pois fazem parte do seu contexto por exemplo: falano, pegano, fazeno, pois o processo de aquisição da linguagem é social.
Mas mesmo respeitando este aspecto temos que ter uma unidade lingüística ( norma padrão ),
para que todos independente da região em que esteja consigam se comunicar, é preciso dominar as formas de falar da própria língua, pois é como se existisse vários idiomas dentro da língua materna.
Apesar de valorizar a oralidade de cada um, não podemos privar as camadas sociais de conhecer a língua padrão.
A escola como espaço de acesso dos desprivilegiados tem que proporcionar variedades lingüística (multi lingüística) , e é realmente este o papel da escola, socializar o conhecimento e experiências diversas, apesar das diferenças sociais, pois a escola é o lugar de inclusão.
devemos considerar a forma que a criança fala, mas não podemos privá-la de conhecer a língua padrão.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

REFLEXÕES

Texto III - CONTEXTOS DE ALFABETIZAÇÃO NA AULA

Ana Teberosky
Núria Ribera


Verificamos neste texto que as crianças não precisam de preparação para aprender,ao entrar na escola elas já estão em ativo processo de construção de conhecimentos, ao contrário do se pensava anteriormente, pois há uma interação dentro do seu grupo familiar e social que passam conhecimentos informalmente os quais servem de base para o processo de alfabetização. O convívio com materiais escritos e seus leitores faz com que meninos e meninas se familiarizem com a linguagem escrita já que a oral acontece de forma natural.
Tanto na orientação construtivista como na socioconstrutivista, a criança em seu contexto familiar está em contato com diversas produções escritas. Hoje temos uma visão maior dos contextos que podem ser fontes de informação, onde as crianças não utilizam apenas um material, mas uma diversidade de materiais alfabetizadores.
A escola deve facilitar o acesso a estes materiais, pois nem todos tem
esta garantia mesmo que não sistematizada em seu ambiente familiar.
Diversos contextos servem como fonte( livros, jornais, rótulos, etc) a sós ou junto com adulto, executar a leitura feita em voz alta pelo adulto, relacionar o contexto com o texto, imitar a leitura, produzir textos longos que ouviram e memorizaram, pois "reconhecem e produzem as formas discursivas associadas à linguagem escrita mesmo antes de serem capazes de ler ou escrever por si próprios".
Para a alfabetização emergente a situação das crianças menos favorecidas é de carência, (financeira), na visão construtivista mesmo os
filhos de analfabetos chegam à escola com certos conhecimentos pois só contam com suas ações e relações, mesmo não ouvindo leitura de livros e sem ter acesso a materiais escritos e sem a interação social, podem fazer perguntas e desenvolver idéias sobre a escrita. As fontes de conhecimentos devem ser consideradas, pois tira de foco a falta de desempenho pelo nível econômico, às vezes a influência social é atenuada pela atividade cognitiva
individual.

*DIFERENTES CONTEXTOS DE ALFABETIZAÇÃO NA AULA

Da relação entre ações e objetos

Os diferentes tipos de objetos escritos dão lugar à atividades diferentes. A disposição gráfica, as formas de compaginação informam as atividades que podem ser realizadas.

Na creche em que trabalho nós damos oportunidades aos nossos alunos de manusearem diversos materiais escritos, e todos os dias nós distribuímos a eles uma variedade de materiais,( revistas, história em quadrinhos, encartes, livros de histórias, etc), e como somos quatro( uma professora, e três estimuladoras) conseguimos mediar este acesso, pois cada uma se encarrega de um grupo de alunos, nós os deixamos bem à vontade, mas quando eles tem algum questionamento a fazer estamos alí para dar suporte até mesmo para que eles sintam que o que eles estão realizando é importante para nós também.

De observar ações dos adultos

O menino e a menina ao observar o adulto ele imita a ação, esta atitude deve ser valorizada, mesmo que a função fique implícita, mas a participação é visível. No processo de alfabetização os meninos e meninas já diferenciam o desenho da escrita. É importante que observarem os aspectos da ilustração, que façam interpretação e comparação com os objetos reais na forma, tamanho etc, e compreender as relações entre desenho e texto.

De escutar a leitura em voz alta

Quando lemos paras as crianças além de aproximá-las da linguagem escrita elas aprendem a reproduzir as falas dos personagens inclusive com a entonação correta, ampliam o vocabulário e acabam compreendendo melhor o texto.

De escrever em "voz alta", ditando ao professor

Até mesmo antes das crianças conseguirem escrever por si mesmo, podem ditar para um adulto. Sendo assim a criança já tem redação própria,
neste caso ele não apenas imita ou repete, mas cria seu próprio texto.

Certa vez quando eu lecionava no CIEP para uma classe de alfabetização, um aluno chamado Ramon que ainda não tinha domínio sobre a leitura e a escrita, me levou um bilhete, então ele me disse que sabia o que estava escrito e disse:
_ Está escrito tia te amo!
Então lhe perguntei como sabia o que estava escrito?
_ Foi eu que mandei minha irmã escrever.

De perguntar e receber respostas

A interação feita com a leitura em voz alta e ditar para o adulto, inicia-se uma outra atividade a formulação de perguntas pelo aluno, onde o professor deve estar atento para dar as respostas e satisfazer os anseios das crianças suas curiosidades e dúvidas.
Nós temos um aluno de três anos na creche que tudo o que falamos e o que lemos ele pergunta o por quê, até quando vamos lhe dar alguma atividade para realizar ele quer saber por quê.

De suas próprias ações de escrever

Na alfabetização inicial as atividades de escrita devem ser sempre feitas, pois além da criança produzir seu próprio texto e a leitura de sua própria escrita, junto a isso acontece a aprendizagem.

De produzir textos longos

Nesse contexto de produção de textos longos é que as crianças aprendem aspectos discursivos e textuais da linguagem escrita.
As crianças já produzem textos além de conhecer a diversidade de tipos, antes de dominar a escrita gráfica, ao contrário da proposta pedagógica de alfabetização seqüencial e linear onde pontua as fases em primeiro a palavra e depois o texto, primeiro ler e depois escrever.
A proposta de termos vários contextos de aprendizagem na aula nos permite ver a alfabetização como um processo que começa antes da escola, incluindo a leitura e escrita, e resulta num complexo processo de entendimento pela criança de tudo que a rodeia.